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Demora no ajuste pode afetar confiança, afirmam analistas
01/08/2016 - 15:54 - ( Informe a categoria )
A demora do governo em apresentar e aprovar medidas críveis de ajuste fiscal começa a fazer com que alguns economista questionem a sustentabilidade da recuperação da confiança de empresários e consumidores nos últimos meses. A avaliação é que o fim da recessão está próximo, com expectativa de pequeno crescimento em algum momento do segundo semestre, mas há um risco não desprezível de que a crise volte a se aprofundar se as reformas propostas pelo Ministério da Fazenda não começarem a avançar no Congresso até o fim do ano.

A tolerância com que o mercado tem reagido às surpresas negativas na área fiscal recentemente, como a possibilidade de que os funcionários terceirizados nos Estados fiquem de fora do teto e a decisão de não compensar a frustração com o resultado dos governos regionais, deve acabar até novembro, afirmam economistas. A cobrança de resultados deve aumentar se confirmado o impeachment de Dilma Rousseff, o que tornaria Michel Temer presidente de fato.

Para Marcos Casarin, chefe de pesquisa macroeconômica para a América Latina da consultoria inglesa Oxford Economics, o risco é que, no último trimestre do ano, justamente quando a economia real estará começando a se recuperar, o mercado encare a realidade de que, até agora, nada andou no lado fiscal. "A melhora que os preços dos ativos e os índices de confiança estão retratando ainda não aconteceu. E esse descolamento é motivo de preocupação, porque abre margem para frustração".

Caio Megale, do Itaú, avalia que haverá uma "concentração de expectativas e de riscos entre setembro e outubro". Para ele,
a expectativa é que as reformas propostas pelo governo, como a do limite de crescimento para o gasto, só comecem a tramitar no Congresso após esse período. Até lá, afirma, qualquer avanço mais concreto dos projetos encaminhados pela equipe econômica é pouco provável.

Por enquanto, diz Megale, o que os indicadores apontam é apenas o primeiro estágio de recuperação da atividade, após um longo período de queda do PIB. Os sinais de retomada até aqui estão baseados na melhora da confiança e em certa estabilização da demanda, o suficiente para alguma redução dos estoques, que aumentaram muito com a crise. Com isso, os empresários precisam elevar um pouco a produção para abastecer o varejo, o que alimenta a alta da confiança.
Fonte : ABAD    Autor : ABAD

 

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