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ECONOMIA - Real mais forte não deve atrapalhar retomada em 2017
22/08/2016 - 13:50 - ( Informe a categoria )
ECONOMIA - Real mais forte não deve atrapalhar retomada em 2017

O câmbio mais valorizado já afeta a rentabilidade das exportações, mas o real mais forte não deve atrapalhar a retomada da atividade econômica neste ano e no ano que vem. No curto prazo, a moeda mais apreciada pode inclusive ajudar na recuperação da economia, dizem alguns analistas, citando fatores como o efeito favorável sobre a inflação, o barateamento de bens de capital importados e o alívio para quem tem dívidas em dólares. 

O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, avalia que, no curto prazo, o câmbio mais valorizado tem um efeito "claramente expansionista". O real mais forte colabora para a melhora da confiança, aumenta o poder de compra em dólares e torna mais barato o investimento, ao reduzir os preços de bens de capital importados, por exemplo. Além disso, pode ampliar o espaço para a queda dos juros, ao colaborar para a queda da inflação, diz Borges. Ele cita ainda o impacto financeiro, uma vez que o recuo do dólar reduz o endividamento das empresas com débitos na moeda americana. "A apreciação do câmbio acelera a desalavancagem do setor corporativo", afirma Borges, que projeta uma expansão da economia de 1,5% no que vem, "com viés de alta". 

Sócio da Gávea Investimentos, Andrei Spacov também vê um efeito expansionista no curto prazo do fortalecimento do real. Há um impacto positivo sobre a confiança e o barateamento de insumos e de bens de capital importados, diz ele, que vê a possibilidade de um crescimento na casa de 2% em 2017, o que não seria um feito extraordinário depois do brutal tombo do PIB em 2015 e 2016. 

Para ele, o dólar deve terminar este ano em R$ 3,25 e o ano que vem em R$ 3,50. Com as projeções anteriores para o câmbio, de R$ 3,45 no fim de 2016 e R$ 3,80 no fim de 2017, o saldo no ano que vem poderia ser algo como US$ 5 bilhões maior, avalia. O efeito mais importante, porém, é o da atividade econômica, que deverá ganhar fôlego no ano que vem, diz Spacov. Segundo ele, a economia sairá de uma retração na casa de 3% em 2016 para uma expansão na casa de 2% no próximo ano. 

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves, tem uma visão negativa sobre o impacto do câmbio valorizado sobre a economia mesmo no curto prazo, apesar de efeitos como o barateamento de bens de capital e a melhora do humor que o real mais forte pode causar. A perda de competitividade das exportações e de quem compete com importações desagrada Gonçalves.
Fonte : ABAD News    Autor : ABAD News

 

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